terça-feira, 1 de julho de 2008

JOAQUIM MONCKS


Gaúcho nascido em Pelotas, no dia 29 de setembro de 1946, é oficial da Brigada Militar (reserva), advogado, ativista cultural, analista literário. Foi deputado estadual constituinte, de 1987 a 1990, criou a lei estadual (RS) que instituiu o DIA ESTADUAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA. Desde 1973, publicou seis livros , valendo ressaltar o OVO DE COLOMBO, 2005. Faz parte da Academia Sul - Brasileira de Letras, da Academia Literária Gaúcha, da Casa do Poeta Rio-Grandense e da Estância da Poesia Crioula. Instituiu a Academia Brigadiana de História, Artes, Ciências e Letras – ABRHACEL, em 2003. Em 2003 assumiu a Coordenação Executiva da Casa do Poeta Brasileiro - POEBRAS NACIONAL (71 sedes em 19 Estados). Em 2006 tomou posse na Academia Internacional Maçônica de Letras - AMIL, sediada em São Paulo. Integra o Grupo que publica a Revista Literária CAOSÓTICA, , é jurado em festivais de música e poesia e leciona "Poética" em Campo Grande - MS. Reside em Porto ALegre - RS.




UM POEMA DE JOAQUIM MONCKS:




A VIDA É SIMPLES




"Aqui está o pão, o vinho, a mesa, a morada;
o ofício do homem, a mulher e a vida".
Pablo Neruda.




Maria exerce a mais antiga
e mal remunerada profissão do mundo.
Lava, passa, limpa banheiro,
arruma cama, casa e jardim.
Conversa com Mila, a cadelinha,
e canta sozinha enquanto bole
no tanque e pia da cozinha.
Das comidas exalam saborosos
a doçura e o sal dos cheiros.
O amor é ingênuo pássaro noturno.
A mesma ingenuidade de Natália,
devota de carinhos, adolescência em flor.


Quando vêm tristezas e dúvidas,
ela come o rabo do Capeta com orações.
Deus bole o excremento
e sempre absolve a simplicidade.
A intimidade da casa é a pureza sem registro.


- Do livro, em elaboração, BULA DE REMÉDIO, 2004 / 2007.




1 comentários:

Joaquim Moncks disse...

Idalina, amada! Já estava com muita saudade de ti e do Chá com Leitura. Como faço pra deixar aqui mais uns textos? Mando pra ti ou posto direto? Muito grato por haveres colocado aqui o link de minha página no Recanto das Letras. Cheguei a te mandar um poema do Gastão Aurélio de Lima Torres Filho sobre o Guilhermino César? Acabo de relê-lo na Revista Cultura Contemporânea e me lembrei de ti e de nosso "Chá"... Com o penhor e a saudade do amigo poetinha JM.