terça-feira, 17 de agosto de 2010

ROGÉRIO ARANTES LUÍS

Nascido em São Gonçalo do Sapucaí-MG, no dia 6 de maio de 1992, este jovem poeta é filho do comerciante José Rogério Luis e da professora e poetisa Ana Cristina Arantes Luis.

Cursou o Ensino Fundamental até a 7ª série no Colégio Sinapse e da 8ª série do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio no Colégio Irmão Lucas, ambos em São Gonçalo do Sapucaí.

Em 2008, durante o 2º Ano do Ensino Médio foi o editor chefe do Jornal Subjetivo, produzido pelos alunos da escola. Em 2009 publicou 4 poemas e um texto na Antologia 2009 do Movimento Literário Sabores e Saberes de São Gonçalo do Sapucaí-MG.

Atualmente cursa Filosofia na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
 
Confira alguns de seus poemas:
 
SONETO DA CHEGADA  
Dois minutos que cheiram gasolina
alguns cadernos com sabor de menta
computador de tela sonolenta
um olhar que serve de morfina

São meros detalhes de uma rotina
vida recheada que não se inventa
e pensando em nada se experimenta
um encontro casual numa esquina

Um paradoxo de vontades suas:
És sina minha ou minha harmatia?
tênue linha de quimeras cruas

Sinto o sol da noite, a lua do dia
e na verdade quero mesmo as duas:
nostalgicamente chego a alegria

SER HUMANO
Não quero ser meloso
como um romântico
e muito menos prolixo
como um parnasiano
quero ser eu de verdade
fazer transparecer no papel
o que penso e o que sinto
o tempo voa com asas velozes
e a vida vai no mesmo embalo
cada dia é um dia novo, único
assim como as ideias de um poeta
e da novidade vão nascendo
essas linhas um tanto confusas
sem métrica e sem nada
só com a pura vontade de escrever
e mostrar como sou:
humano, efêmero, inconstante
alguém que quer pensar
com originalidade
não se ater a tolos paradigmas
não pensar como os outros
ter a tranquilidade
de deixar o medo esvair-se
e, definitivamente, SER humano.
 
SONETO AO LARGO
E voltemos ao Largo do Rosário
A festa do rico e do operário
Com as barracas cheias de bebidas
Vodca, energético e muitas batidas

Na roleta rola muito dinheiro
E shows chamam a atenção do festeiro
Quando se faz tudo exagerado
Só se quer uma menina do lado

Largo, tu que és cheio de encantos
Saiba nos dar sempre a alegria
e suportar vagabundos e santos

Seja sempre o reduto da fantasia
Nos cubra com todos os teus mantos
Inspire minha simples poesia