Nascido nos cerrados de rio Paranaíba, interior do estado de Minas Gerais, Brasil, na noite de 30 de abril de 1965, filho dos lavradores Antônio Sezostre e Ovídia Ribeiro, Wilmar vive em Belo Horizonte desde 1986, onde trabalha com poesia.
Livros publicados:
"lágrimas & orgasmos" (1986), "águas selvagens" (1990), "dissonâncias" (1993), "moinho de flechas" (1994), "cilada" (1997), "solo de colibri" (1997), "çeiva" (1997), "pardal de rapina" (1999), "anu" (2001), "lágrimas & orgasmos" (2002 - 2ª edição), "arranjos de pássaros e flores" (2002), "cachaprego" (2004), "estilhaços no lago de púrpura" (2006).
Participação em antologias:
"Antologia da nova poesia brasileira", organização de Olga Savary;
"A poesia mineira do século XX", organização de Assis Brasil;
"fenda - 16 poetas vivos", organização de Anelito de Oliveira;
"pelada poética", organização de Mário Alex Rosa.
Prêmios:
- Prêmio Jorge de Lima de Poesia da União Brasileira de Escritores, 1992, Rio de Janeiro, Brasil.
- Prêmio Blocos de Poesia, 1997, Rio de Janeiro, Brasil.
- Prêmio de Poesia CentenárioCarminha Gouthier, 2003, Academia Mineira de Letras.
- Prêmio Capital Nacional, 2005, Sociedade de Cultura Latina do Brasil, Aracaju, Sergipe.
Organizou:
- CD "oise", projeto imaginário de vozes, 2004;
- Antologia "O achamento de Portugal", 2005;
- Prêmio "Aires da Mata Machado", versão 2005/2006;
- Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais, 2005;
- Catálogo/antologia "terças poéticas: jardins internos", 2006;
- "a serpente", 1995;
- "vestido de noiva", 1996;
- "cilada", 1997;
- "pardal de rapina", 1999;
- "desmarcado", 1999;
- "afrorimbaudelia", 2001;
- "cilada", 2000/2001;
- "glaura", 2003;
- "solo a solo", 2003/2004;
- "poemas de corte", 2004;
- "cachaprego", 2005/2006;
- "subida ao paraíso", 2006;
- "ais", 2006/2007.
Wilmar Silva tem poemas publicados em vários jornais e revistas do Brasil, Portugal e Itália. É curador do projeto de poesia "terças poéticas" - realização da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais através de parceria entre Suplemento Literário do Minas Gerais e Fundação Clóvis Salgado, em Belo Horizonte.
Confira poemas do livro "Estilhaços no Lago de Púrpura", de Joaquim Palmeira, seu heterônimo.
há uma redoma com um dialeto indizível em mim -
um idioma com um segredo de um cavalo no córrego,
sou este corcel/ eu um corço entre avestruz e
seriemas, sou esta ema com onze penas de pavão
/ um tupi com a miséria de um carneiro, eu
que venho trazendo uma fauna e uma flora/
eu e minha fazenda de poemas a seus pés,
unhas, joelhos, coxas, bichos-pau, paus/
subo o corpo que me escorrega, sou lívido,
um lúbrico na libido de quem diz: nao nos
mas o que faço eu com esta seiva no sangue?
***
devasso como um cavalo no pasto sem égua,
quem é você que diz calado cavalgar a noite/
e cavalgar a noite é como cavalgar os poemas
que escrevo com sangue neste lago de veneno/
é minha esta corrente de púrpura de sangue/ eu
sou esta represa onde peixes nascem da terra,
no ermo eu sou esta ave ferida de verde/ eu
caço você e caço a face e caço a alma, eu
o mesm com lágrimas e orgasmos, uma íris,
umas retinas para trazer os olhos à tona/ eu
este wilmar silva que vira cavala eu cavalo
***
Saiba mais sobre Wilmar Silva:
e-mail: wilmarsilva@wilmarsilva.com.br
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